O RIP – Routing Information Protocol é um IGP (Interior Gateway Protocol) ou seja, deve ser utilizado dentro de um Autonomous System. Ele consome pouca banda, é configurado facilmente e funciona bem em pequenas redes.
Quando usando RIP as rotas são anunciadas de tempos em tempos e também quando ocorre uma mudança na rede, através de broadcast.
Este protocolo de roteamento classfull (ele não anuncia a máscara de rede), é um distance-vector, de forma que ele tem a visão da rede de acordo com a ótica de quem a anunciou e mantém informações sobre todos os destinos disponíveis.
Equipamentos rodando RIPv1 podem participar do processo de roteamento de forma ativa ou passiva. Quanto um roteador é configurado para ser passivo ele apenas aprende as rotas divulgadas, mas não divulga suas rotas. Já um roteador ativo aprende e divulga suas rotas.
A versão 2 do RIP utiliza multicast para divulgar as rotas (endereço 224.0.0.9) e suporta subnet ou supernet (a máscara de rede é enviada no anúncio das rotas). Outra diferença entre a versão 1 e 2 é que a versão 2 suporta autenticação.
RIP Routing Table:
O RIP mantém apenas a melhor rota para um destino na tabela, e para evitar que as informações de roteamento oscilem entre dois ou mais caminhos de igual custo, a RFC especifica que as atualizações de diferentes hops devem aceitas somente se a métrica anunciada é menor do que a rota instalada na tabela. Porém, equipamentos Cisco aceitam rotas com a mesma métrica, fazendo o balanceamento de carga (4 caminhos com a mesma métrica é o padrão).
Métrica
O RIP utiliza apenas o número de hops (ou saltos) para chegar a um destino, como métrica. No máximo pode haver 15 hops entre um roteador e a rede de destino.
Quando o roteador recebe um anúncio de rotas via RIP ele soma um a métrica de cada rota recebida e adiciona a sua tabela, caso ainda não possua uma entrada melhor.
Na tabela de roteamento do Router_A a rede 192.100.10.x aparecerá com a métrica 3.
Timers
Os roteadores usando RIP anunciam suas rotas a cada 30 segundos (padrão), aproximadamente, já que a RFC especifica que o tempo de anúncio de ser adicionado ou subtraído de 5 segundos, randomicamente. Esse tempo é conhecido como routing-update timer.
O route-invalid timer determina quanto tempo é preciso esperar (o padrão é 180 segundos), sem receber anúncios para uma determinada rede, para que a rota seja considerada inválida. Quanto o route-invalid timer é atingido, a rota é colocada como holddown (o rota recebe a métrica 16 – infinita) e o roteador faz um anúncio. Então inicia-se o route-holddown timer, período no qual o roteador não aceita updates de outros dispositivos para a rede que está em hoddown.
Também é utilizado o route-flush time (240 segundos, por padrão). Quando este timer é atingido a rota é removida da tabela de roteamento.
BrainRT01#show ip protocol
Routing Protocol is “rip”
Sending updates every 30 seconds
Invalid after 180 seconds, hold down 180, flushed after 240
Outgoing update filter list for all interfaces is not set
Incoming update filter list for all interfaces is not set
Redistributing: rip
Default version control: send version 1, receive any version
Automatic network summarization is in effect
Maximum path: 4
Routing for Networks:
192.168.0.0
Routing Information Sources:
Gateway Distance Last Update
Distance: (default is 120)BrainRT01#
Evitando loop de roteamento
Para evitar loop de roteamento, quando usamos RIP, existem três mecanismos. O holddown timer, que já falamos o split horizon e o poison-reverse.
O split horizon impede que uma rota seja aprendida pela mesma interface por onde ela foi anunciada, e o poison-reverse que faz o anúncio de rotas com problemas com a métrica infinita (16 hops).
Outras informações sobre o RIP aqui.
Até a próxima.