Há três ou quatro anos ouvi pela primeira vez falarem em Meraki, empresa cujo um dos donos é o Google. Na época procurávamos uma solução wireless que oferecesse recursos intermediários, simples de administrar, e com um preço acessível. Infelizmente não havia representantes no Brasil, e não pude testar a solução que parecia interessante.
Mas eis que recentemente tive acesso a dois access-points (MR12 e MR16) e sua gerencia, NA NUVEM.
Na solução da Meraki a controladora fica remota, e o cliente não precisa adquirir um hardware para fazer a administração centralizada de seus access-points. Obviamente, os access-points precisam chegar até a controladora, que está na Internet.
Estes access-points (MR12 e MR16) são para uso indoor, contam com antenas integradas e podem trabalhar conectados a rede, via cabo UTP, ou fazer o Mesh, onde um ap se associa a outro via wireless.
Primeiro acesso
Diferente do que pode parecer, fazer com que os access-points se associem a controladora é extremamente fácil. Depois de criar um usuário no site da Meraki, basta selecionar a rede onde você vai instalar os access-points e informar o número da compra ou o número de série.
Depois disso você tem acesso a dashboard de administração, extremamente intuitiva. Ainda há perfis de redes já configurados. Se quiser você pode editar um destes perfis (mudando o nome e senha da rede, por exemplo) e habilitá-lo.
O interface é “limpa”, e lembra as páginas do Google.
Funcionalidades
Todas as funcionalidades básicas estão presentes, e também outras mais avançadas.
Há criptografia WEP, WPA/WPA2, com pre-shared e 802.1x, integração com servidor Radius local ou remoto (da Meraki), white e black list de MAC address e ainda suporte a VLAN. Isso atende boa parte das necessidades das redes sem fio.
É possível escolher quais SSIDs estarão habilitados em quais access-points, bem como horário de funcionamento da rede. Os access-points podem escolher o melhor canal para trabalhar e também podemos definir se é para usar a potência máxima ou não.
Saindo do básico, ainda é possível fazer regras de firewall, camada 3 (baseada em porta) e camada 7. O filtro de camada 7 conta com uma pequena lista de URLs, divididas em 9 categorias, mas também é possível cadastrar URLs manualmente de acordo com sua necessidade.
É simples, mas pode ser útil em redes com poucos usuários, ou onde não querem investir em uma solução dedicada de filtro de conteúdo.
Também podemos fazer traffic shaping por SSID e habilitar a opção Network Access Control, onde o usuário só tem acesso a rede se tiver um antivírus instalado.
Planta e Portal de Autenticação
A solução também permite que seja feito o upload da planta, e assim visualizar onde estão os access-points e quantos usuários estão associados em cada um.
E para completar é possível configurar a rede para que a autenticação seja realizada através de um portal (solução normalmente usada para redes de visitantes).
Você pode criar o usuário que acessará a rede e definir o tempo de validade deste usuário. Ou, também é possível, deixar que o próprio usuário se cadastre. Neste caso um email é enviado para o administrador, que precisa habilitar o usuário.
Para finalizar, ainda é possível criar um portal onde o usuário precisam pagar para acessar a rede. Basta você informar seu usuário PayPal e pronto. O usuário paga com o cartão de crédito, para a Meraki, e a Meraki te repassa uma vez ao mês (precisa ter arrecadado pelo menos $ 20,00).
Simples e funcional.
Enfim, quem está precisando de uma solução wireless, Meraki pode ser uma boa opção.
Até a próxima.
Parabéns, parece ser uma solução interessantíssima!
Abraço!
Caramba, onde esse negócio de nuvem vai chegar? Hehehehe!
Oi Leandro, depoimento realmente bem fundamentado por quem conhece bem do tema! Vamos que vamos… parabéns pelo post…
A definicao do software do Meraki esta muito boa, gostei, li tudo, mas faltou uma coisa importante – como foi sua experiencia com o funcionamento do hardware, da rede em Mesh? Estou na duvida se compro isso.
Abracos!
O mesh funciona bem, e também é bem simples a configuração.
O problema é o preço da manutenção anual da licença de cloud controller…. 🙁 🙁
De fato… mas é um modelo diferente de negócio, onde pagamos por ano.
Me parece que é uma tendência na Cisco.