A dark web, frequentemente associada ao anonimato criminoso, sentiu o impacto de uma ação coordenada internacional. A Operação RapTor, liderada pela Europol, culminou na prisão de 270 indivíduos em dez países, incluindo o Brasil.
Operação RapTor: Brasil Integra Esforço Global Contra o Cibercrime
Uma significativa operação policial internacional, coordenada pela Europol, abalou as estruturas do crime organizado na dark web. Denominada Operação RapTor, a ação resultou na prisão de 270 vendedores e compradores em uma dezena de nações.
Notavelmente, o Brasil esteve entre os países participantes, demonstrando seu compromisso no combate a essas redes ilícitas. Consequentemente, a operação desmantelou grupos que traficavam drogas, armas e produtos falsificados, enviando uma mensagem clara contra a impunidade online.
As investigações, baseadas em inteligência derivada da desativação de mercados como Nemesis e Kingdom Markets, identificaram os suspeitos. Muitos realizavam milhares de transações ilegais, usando criptografia e criptomoedas. Contudo, a colaboração internacional permitiu localizar e prender esses indivíduos.
A Operação RapTor sucede a Operação SpecTor (2023), reforçando a capacidade crescente das autoridades globais, incluindo as brasileiras, de penetrar o ambiente da dark web. Dos 270 presos, três foram detidos no Brasil, resultado do trabalho da Polícia Civil dos estados do Pará e de São Paulo. Além disso, as investigações prosseguem globalmente para identificar outros envolvidos.
Impacto e Apreensões: Contribuição Brasileira no Desmantelamento
O sucesso da Operação RapTor não se mediu apenas pelas prisões, mas também pelas vastas apreensões realizadas.
As autoridades confiscaram globalmente mais de 184 milhões de euros em dinheiro e criptomoedas. Além disso, apreenderam mais de 2 toneladas de drogas diversas, como cocaína e opioides, interrompendo importantes fluxos de abastecimento que também poderiam ter o Brasil como origem ou destino.
A operação recuperou ainda mais de 180 armas de fogo e milhares de produtos falsificados. Portanto, essas apreensões, fruto do esforço conjunto dos países envolvidos, incluindo o Brasil, desestabilizam significativamente a economia da dark web. Elas evidenciam o impacto concreto da cooperação policial internacional.
O Papel do Brasil e o Futuro da Luta Contra a Dark Web
A Europol foi central na coordenação, compilando e analisando inteligência que foi compartilhada com as autoridades nacionais, como as Polícias Civis do Pará e de São Paulo no Brasil. Essa colaboração, facilitada pela Joint Cybercrime Action Taskforce (JCAT), permitiu ações direcionadas e eficazes.
O modelo operacional demonstra que desativar plataformas é apenas o início; o foco subsequente está na prisão dos criminosos. Edvardas Šileris, chefe do Centro Europeu de Cibercrime da Europol, destacou: “A Operação RapTor mostra que a dark web não está fora do alcance da aplicação da lei… agentes em quatro continentes identificaram e prenderam suspeitos.”
Essa mensagem ecoa o esforço brasileiro. Embora criminosos busquem novas táticas, como lojas de vendedor único, a resposta policial coordenada, com participação ativa do Brasil, mostra que a vigilância é constante.
Conclusão
A Operação RapTor, com a participação do Brasil, marca um avanço na luta contra o cibercrime. A colaboração entre a Polícia Civil brasileira e agências internacionais demonstra que fronteiras geográficas não são barreiras para a justiça.
Por conseguinte, mesmo com a adaptação dos criminosos, a mensagem é clara: a cooperação global, incluindo o esforço brasileiro, continuará a combater a impunidade nos recantos mais obscuros da internet, buscando um ambiente digital mais seguro para todos.
A fonte original desta notícia pode ser encontrada no site da Europol.
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